sexta-feira, 8 de maio de 2009

Número de casos da nova gripe atinge 2.371, diz Organização Mundial da Saúde

OMS confirma 44 mortes em pessoas contaminadas pelo vírus A (H1N1).
Agência da ONU afirma que ainda há risco de pandemia e mantém alerta.

O número de contaminados pela nova gripe em todo o mundo chegava a 2.371 às 18h GMT (15h de Brasília), segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Doze horas antes, o número de casos chegava a 2.099. Nesses números não constavam ainda os casos confirmados do Brasil.

O México, país em que surgiu a epidemia, reportou 1.112 casos confirmados, com 42 mortes. Nos EUA, houve 896 casos confirmados em laboratório, com duas mortes, ambas no Texas.

Também foram confirmados casos nos seguintes países: Áustria (1), Canadá (201), Hong Kong (1), Colômbia (1), Costa Rica (1), Dinamarca (1), El Salvador (2), França (5), Alemanha (10), Guatemala (1), Irlanda (1), Israel (6), Itália (5), Holanda (2), Nova Zelândia (5), Polônia (1), Portugal (1), Coreia do Sul (3), Espanha (81), Suécia (1), Suíça (1) e Reino Unido (32, sendo 2 na Escócia e 30 na Inglaterra).


Risco de pandemia

Mais cedo, a OMS alertou que o vírus A (H1N1) continua sendo uma ameaça e que a doença ainda pode se transformar em pandemia (epidemia de alcance mundial).

A agência da ONU vai manter o nível 5 na escala de alerta de pandemia, em um máximo de 6, segundo Keiji Fukuda, '"número dois" na hierarquia da OMS.

"Continuamos na fase 5. Isso não mudou", disse ele em entrevista em Bruxelas. "Continuamos vendo transmissão entre humanos, transmissão em nível de comunidades, primariamente na América do Norte. Não estamos vendo isso em nenhum lugar mais."


Foto: AFP
Aluna lava as mãos em sala da Universidade Autônoma do México, nesta quinta-feira (7), na Cidade do México. (Foto: AFP)

Fukuda disse que, se a doença se transformar em pandemia, um terço da população mundial pode ser contaminada.
"Se levarmos em conta as pandemias do passado, uma estimativa razoável seria considerar que um terço da população será contaminada", disse.

Fukuda disse que "isso significa muita gente, e pode haver muita gente que morrerá ou terá pneumonia grave", apesar de que, por enquanto, o vírus parece ter sintomas leves.

"Desde o início da crise, dissemos que a situação evolui e que não sabemos como fará isso, ou se o vírus ficará mais perigoso", disse ele.
Fukuda afirmou temer que o vírus se estenda especialmente nos próximos meses no Hemisfério Sul, onde está para começar o inverno.

A entidade reiterou ainda que o consumo de carne suína é seguro. "Comer carne suína não representa um perigo de contrair a infecção", disse Fukuda.
Cerca de 20 governos anunciaram restrições às importações de carne de porco do México e de outros países afetados, por temer infecções pela nova cepa do vírus, que pesquisadores dizem ser uma mistura de gripes suína, humana e aviária.

Foto: Reuters
Com roupas especiais, trabalhador desinfeta vagão do metrô da Cidade do México na madrugada desta quinta-feira (7). (Foto: Reuters)

Nenhum comentário:

Postar um comentário