'Eu lamento do fundo do meu coração', disse austríaco.
Ele terá ainda que passar por um tratamento psiquiátrico.
O austríaco Josef Fritzl foi considerado culpado de todas as acusações por um tribunal da cidade de Sankt Pölten, segundo decisão unânime dos oito integrantes do júri, e foi condenado à prisão perpétua e ainda a passar por um tratamento psiquiátrico, segundo decisão desta quinta-feira (19).
Fritzl, de 73 anos, era acusado dos crimes de estupro, incesto, coação grave, privação de liberdade e homicídio por negligência de um dos sete filhos que teve com a própria filha, Elisabeth, a quem ele manteve preso durante 24 anos em um porão de sua casa, na cidade austríaca de Amstetten.
Fritzl confessou os crimes na quarta-feira (18), depois de ter visto um depoimento em áudia de sua filha. Dois dias antes, ele havia negado culpa no homicídio de um de seus "filhos-netos".
O julgamento terminou após quatro dias, na pequena cidade de Sankt Pölten, a 60 km a oeste da capital austríaca, Viena.
Confissão
"Eu lamento do fundo do meu coração. Infelizmente, eu não posso mudar nada agora", afirmou nesta quinta-feira (19) Josef Fritzl, antes de conhecer a sentença.
Na quarta-feira, perante a afirmação da juíza de que teve 66 horas para levar o recém-nascido ao hospital, Fritzl disse que "deveria ter feito algo". "Simplesmente não me dei conta. Pensava que o menino ia sobreviver", contou.
Anteriormente, o acusado tinha admitido apenas parcialmente sua responsabilidade nos delitos de escravidão e homicídio por omissão, enquanto tinha reconhecido sua culpa em estupro, coação grave, privação de liberdade e incesto.
A reação de Fritzl pegou todos de surpresa, inclusive seu advogado, Rudolf Mayer, que disse estar "surpreso" e sem palavras para falar sobre a mudança de opinião de seu cliente.
Mayer especulou que a mudança de atitude de Fritzl pode ter sido provocada pela exibição, na terça-feira (17), ao júri, do vídeo contendo o testemunho de Elisabeth. O advogado lembrou que esta foi a primeira vez em que Fritzl foi confrontado com o testemunho incriminativo de sua filha.
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