quinta-feira, 14 de maio de 2009

Google deve tirar novas fotos das ruas do Japão após reclamações

Empresa estaria capturando imagens sobre muros de residências.
Novas medidas do Google Street View não convenceram ativistas.

Imagem do Street View mostra rua de Tóquio, no Japão (Foto: Reprodução)

O Google informou que deverá fotografar novamente as imagens do Japão de seu serviço de mapas fotográficos, o Street View, com ângulos de câmera mais baixos, devido a reclamações de invasão de privacidade.

O Street View, que oferece uma visão de 360 graus das ruas ao redor do mundo usando fotos tiradas de veículos da companhia em movimento, já tem sofrido com reclamações de invasão de privacidade em outros países, como a Grécia, e ativistas vêm tentando acabar com o serviço no Japão.

A empresa afirmou, em declaração oficial nesta quarta-feira (13), que irá baixar as câmeras nos carros cerca de 40 centímetros, após receber reclamações de que estariam capturando imagens sobre os muros de residências.

"Certamente é um fato sobre o qual temos tido preocupações", afirmou Yoshito Funabashi, um porta-voz da sede da Google em Tóquio. "Pensamos no que poderíamos fazer, como empresa, e tentamos ser responsáveis".

Imagens delicadas

A Google também disse que tem desfocado placas de carro nas fotos, com tem feito na Europa, mas as novas medidas não convenceram ativistas japoneses.

"Eles estão apenas tentando se safar no nível tecnológico...A questão é, podemos permitir que eles fotografem de forma não-seletiva?" disse Yasuhiko Tajima, um professor de direito constitucional na Universidade de Sophia em Tóquio.

O regulador de questões de privacidade no Reino Unido recusou pedidos para fechar o Street View no país, onde as inquietações vão desde imagens mostrando alguém vomitando na porta de um pub até relatos na mídia de que uma mulher teria pedido divórcio após ver uma imagem do carro de seu marido em frente à casa de outra mulher.

Tanto o Google Maps quanto outro serviço de mapeamento, o Google Earth, receberam críticas em alguns países por disponibilizar imagens de locais delicados, como bases militares.

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