terça-feira, 12 de maio de 2009

Acusado de crimes sob o nazismo é deportado dos EUA para a Alemanha

John Demjanjuk vai ser julgado pela morte de 29 mil judeus.
Ele alega que era prisioneiro dos nazistas e foi confundido.

John Demjanjuk, acusado de ter sido guarda de um campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial, partiu de Cleveland (Ohio) rumo à Alemanha, onde será julgado pela morte de 29 mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Demjanjuk foi embarcado em um avião com destino a Munique, e partiu às 19h13 local (20h13 Brasília) de segunda-feira (12) do aeroporto Burke Lakefront, em Cleveland.

Nascido na Ucrânia em 1920, Demjanjuk era soldado do Exército Vermelho quando foi capturado pelos nazistas, na primavera de 1942.

Após a captura, foi treinado em Treblinka, na Polônia ocupada pelos nazistas, para servir nos campos de Sobibor e Majdanek, também na Polônia, e em Flossenburg (sul da Alemanha).

Foto: AFP

John Demjanjuk, acusado de crimes durante o nazismo, é retirado de sua casa em Ohio, em 14 de abril, na primeira tentativa de deportá-lo. (Foto: AFP)



Demjanjuk sempre alegou que foi obrigado a trabalhar para os nazistas e que os sobreviventes dos campos de extermínio o confundiram com outros guardas.

O ex-guarda emigrou para os Estados Unidos em 1952 com a família, instalando-se em Ohio, onde encontrou trabalho na indústria automobilística e mudou o nome de Ivan para John.

A Alemanha emitiu uma ordem de prisão em 11 de março passado pela morte de 29 mil judeus no campo de concentração de Sobibor.

Demjanjuk se fez passar em 1948 por vítima de guerra e recebeu ajuda como refugiado. Graças a isto, ele conseguiu ajuda material antes de viajar para os Estados Unidos, segundo os documentos do Serviço Internacional de Investigações, um centro de arquivos sobre as 17,5 milhões de vítimas do nazismo, administrado pela Cruz Vermelha em Bad Arolsen, centro da Alemanha.

O ex-guarda nazista recebeu o status concedido aos ex-presos de campos de concentração ou aos ex-trabalhadores forçados, afirmando ter trabalhado como motorista em Sobibor.

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