Vítima é argentina que mora na Califórnia e foi ao México, foco da doença.
Um dia após aumento do nível de alerta, Holanda e Suíça registram casos.
Autoridades sanitárias federais já confirmam casos de gripe aviária em 14 países ao redor do mundo na manhã desta quinta-feira (30). Desde a noite de quarta, casos foram confirmados no Peru, na Suíça e na Holanda.
A epidemia, iniciada no México, matou pelo menos 8 pessoas e contaminou 114, segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), e dá sinais de estar se espalhando pelo mundo.
O caso confirmado no Peru é o primeiro na América do Sul. O ministro da Saúde do Peru, Oscar Ugarte, disse que a vítima é uma mulher argentina que mora na Califórnia e, como quase todas as vítimas, esteve recentemente no México.
Outros nove países têm casos da gripe, segundo relatos das autoridades locais: Nova Zelândia (16), Canadá (13), Espanha (10), Alemanha (3), Israel (2), Escócia (2), Inglaterra (2), Costa Rica (1) e Áustria (1).
Morte nos EUA
Um bebê mexicano de 23 meses morreu de gripe suína no Texas na quarta. A família dele viajou a Houston em busca de tratamento, confirmou o Departamento de Saúde da cidade. O bebê morava em Matamoros, na fronteira do México com o Texas. Seus pais não estão doentes.
Foi a primeira morte provocada pela doença nos EUA. Balanço da quarta mostra que o país tem 91 casos da doença, a maioria deles leves, espalhados por 10 estados.
Alerta de pandemia
A doença espalha-se, um dia após a Organização Mundial da Saúde ter elevado o nível de alerta de pandemia de gripe de 4 para 5 (numa escala até 6).
O anúncio foi feito pela chefe da OMS, Margaret Chan. Ela disse que a doença está se espalhando rapidamente e deve ser levada a sério. Mas, segundo ela, o mundo está "mais preparado do que nunca" para enfrentar a possível pandemia.
A fase 5, de acordo com a escala da OMS, ocorre quando há um sinal forte de que a pandemia (epidemia de alcance mundial) é iminente.
O alerta significa que há pouco tempo para finalizar os trabalhos de organização, comunicação e implementação de medidas para mitigar a crise.
A decisão de elevar o nível de risco foi tomada após consultas intensas com especialistas e analistas. Em reunião poucas horas antes, o nível havia sido mantido em 4. A elevação do nível 3 para o 4 havia ocorrido na segunda-feira (27).
A mudança do status coloca governos e companhias farmacêuticas em alerta em relação à necessidade de começar a fabricar drogas antivirais e a acelerar esforços para criar uma vacina para combater a cepa de gripe.
Chan disse que os estoques de antivirais da agência não são suficientes, e que será necessário o apoio de empresas e governos. Ela elogiou a maneira "aberta e transparente" como as autoridades mexicanas estão enfrentando a situação.
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